USE SEMPRE AS 4 PALAVRAS MÁGICAS
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Convívio Social - algumas regras de etiqueta

Apresentação

  1. Sempre se apresenta o homem à mulher. Todavia, tratando-se de um religioso, a mulher deverá ser apresentada.
  2. Apresenta-se uma pessoa mais moça a uma mais idosa, e a solteira à casada.
  3. A mulher deverá estender a mão, antes que o faça o homem que lhe foi apresentado. No entanto, se a pessoa apresentada se limitar a um outro cumprimento, deverá ser correspondido do mesmo modo (exemplo: ligeira inclinação de cabeça).
  4. A mulher, em sociedade, nunca se levanta ao ser apresentada a outra mulher, com exceção se esta for a anfitriã ou uma senhora de idade.
  5. Os anfitriões não necessitam apresentar todos os convidados entre si, no caso de uma recepção de grandes proporções. Basta apresentar alguns à chegada. E num coquetel usa-se a mesma praxe.
  6. O convidado de honra, numa recepção de cerimônia, é apresentado a todos os convidados e deverá ficar ao lado da anfitriã, à entrada e de pé.

Casamentos

Os convites - impressos em cartões de formato grande, duplo ou simples, conforme a elegância da cerimônia o exigir - são distribuídos com trinta dias de antecedência, para que os convidados não assumam outros compromissos. Atenção: as frases como "os noivos receberão os cumprimentos na igreja" são inteiramente indelicadas. Se a recepção é só para alguns convidados após a cerimônia na igreja, estes receberão um convite especial que deve ser colocado no envelope.

A cerimônia do casamento tradicional se mantém, com poucas variações, embora com alguns modismos. Permanece, por exemplo, a presença de duas meninas, ou de um menino, ou de um menino e uma menina, que procedem a noiva na entrada da igreja.

Na sacristia, os noivos, ao receberem os cumprimentos, colocam-se entre seus pais e avós. Os convidados devem limitar suas palavras, evitando efusões por demais cansativas. Cumprimentam-se os membros da família quando não conhecidos, com uma ligeira inclinação de cabeça.

Na recepção, os noivos ou seus pais agradecem a cada convidado os presentes ou flores recebidos, Isto não dispensa o casal de manifestar os agradecimentos por escrito, logo ao chegar da viagem de núpcias. A decoração das mesas deve ser requintada, reservando-se um lugar especial para o bolo clássico. Evitar os enfeites de noivinhos, bonequinhos ou pombinhos, de gosto mais do que duvidoso.

Uma inovação: tornou-se costume elegante convidar dois, três ou mais casais de padrinhos de cada noivo. É uma forma simpática de homenagear um maior número de familiares ou amigos.

À mesa

Serviço: pode-se começar a comer após algumas pessoas terem sido servidas, se o serviço for lento.

Guardanapo: colocar no colo, durante a refeição, aberto totalmente ou não, conforme o tamanho. Usá-lo sempre antes de levar o copo ou o cálice à boca. No final, colocá-lo ao lado do prato, sem dobrar mas também sem o amarrotar.

Talheres: os que estão mais longe do prato são os primeiros a usar e, naturalmente, os últimos são os mais próximos do prato. Não se limpam os talheres com o guardanapo, antes de serem usados. Ao parar de usar os talheres, estes devem ser colocados sobre o prato (a faca na borda) e os cabos nunca apoiados na mesa. Acabando de comer, colocam-se sobre o prato, no sentido perpendicular à borda da mesa.

Garfo e faca: no Brasil usa-se mais a regra de usar o garfo sempre na mão esquerda, à maneira européia. Usando-se a faca e o garfo ao mesmo tempo, seguram-se ambos da mesma maneira, isto é, a extremidade dos cabos na palma da mão, apoiando-se o índex pouco aquém da lâmina da faca ou dos dentes do garfo.

Colher: deve encher-se a colher num movimento contrário à direção da borda da mesa, sempre de lado, posição esta em que deverá ser levada à boca.
A disposição dos talheres obedece à ordem seguinte:
À esquerda do prato de fora para dentro:

  1. Garfo para peixe;
  2. Garfo para carne;
  3. Garfo para salada; se for servida;
À direita do prato de fora para dentro:
  1. Garfo para "hors-dóuvre";
  2. Colher para sopa;
  3. Faca para peixe;
  4. Faca para carne (a que fica sempre junto ao prato).

Copos: são colocados na mesa de acordo com o tamanho do copo e não pela ordem em que vão ser utilizados, para que uns não escondam os outros. É correto arrumá-los da maneira seguinte:

  1. Copo para água, à direita do prato e acima das facas;
  2. Taça de champanhe, a pequena distância do primeiro;
  3. Copo para vinho branco, haste longa, colocado em frente e entre os dois primeiros;
  4. Copo para Porto ou Xerex, diante do terceiro um pouco à direita.

Esta ordem, no entanto, não é obrigatória, mas deve respeitar-se a harmonia entre tamanho e a precedência das bebidas.

Salada: antes de se servir, reparar se há prato e talheres especiais para a mesma, normalmente colocados ao lado do prato de jantar.

Porções: não é exigido que se coma tudo que se põe no prato, nem obrigatório deixar um resto de comida.

Pão: parte-se com as mãos em pedaços pequenos, passa-se a manteiga e leva-se à boca com a mão.

Sal e pimenta: é correto usar estes ingredientes, mesmo num jantar de cerimônia.

Espinhas, ossos, azeitonas, etc: a mesma colher que levou o alimento à boca deverá devolver os restos ao prato, como no caso de caroços de frutas em calda. Se for usada a mão (azeitonas ou uvas, entre outras) pode a mesma retorná-los ao prato. Espinhas e ossinhos, de modo discreto, voltam na mão para o prato.

Outras regras: todos sabem que não se deve colocar os cotovelos sobre a mesa, mas também não é bom assumir uma posição de estátua. Ao aceitar um prato, nada se diz, mas quando se o declina é de bom tom dizer: não, muito obrigado. Os copos levam-se à boca segurando-se pela base de seu arqueado e nunca pelas bordas. Não é correto elogiar a comida ou a maneira como foi preparada. Também uma conversa não deverá provocar discussões sobre assuntos políticos, religiosos ou de qualquer natureza que possam de algum modo susceptibilizar algum dos presentes e, muito menos, gesticular com o talher quando se fala. Se mastigar com a boca fechada é preciso lembrar, é de bom tom, no entanto, que se coma devagar, mastigando bem os alimentos, até porque é feio mesmo, usar palitos que, aliás não devem existir em qualquer recipiente sobre a mesa.

Ao levantar da mesa: o prato não deve ser empurrado, depois de arrumados os talheres sobre ele.

Maçã - uma curiosidade sobre esta fruta: por tradição histórica, nas mais refinadas mesas ou ambientes, a maça é motivo de decoração, por aliar suas belas cores ao seu aroma delicioso. E por lembrar o fruto proibido que Eva, seduzida pela serpente, colher da árvore da Saberoria. Mas nem todos sabem que é chamada, também, de fruta-pão. Assim, numa refeição de cerimônia, a maça deverá ser saboreada, pois quem o fizer demonstrará que ficou satisfeito com as iguarias que foram servidas.



http://www.curitibafestas.com.br/dicasetiqueta.htm

Conheça algumas regras básicas de como receber com perfeiçao

Receber é uma arte e, muitas vezes, os anfitrioes tem dúvidas de como agir em determinadas ocasioes. O quê e como servir? Como elaborar o convite para uma recepçao? Para facilitar um pouco este trabalho, e retirar dúvidas, seguem algumas regras básicas:

Como elaborar o convite?

Em ocasioes informais, o convite pode ser feito pessoalmente, por telefone, ou mesmo, por e-mail, com no mínimo, seis dias de antecedência. No caso de uma recepçao mais formal, deve ser impresso. Nestas circunstâncias, o que vale é a originalidade, indo do mais simples ao mais sofisticado, devendo ser enviado com antecedência, prazo este que pode variar de vinte a trinta dias. Cabe ao anfitriao informar, no convite, o traje a ser usado.

Como receber os convidados?

O anfitriao deve ser pontual. Caso ocorra algum imprevisto que o impeça de receber os primeiros convidados, deve ser representado por um membro da família. Um dos requisitos para se receber com sucesso é agir com naturalidade, segurança e desenvoltura, proporcionando aos convidados um clima de descontraçao e demonstrando, especialmente, a presença de todos indistintamente. Nao se deve aguardar a chegada do último convidado para começar a servir os aperitivos.

O que servir antes da refeiçao principal?

Devem ser servidos salgadinhos, canapés, além de coquetéis e aperitivos.

Como arrumar a mesa?

Para uma reuniao formal, a mesa poderá ser ornamentada com uma bela toalha e um arranjo de flores, sendo composta por sousplat, pratos, talheres, guardanapos combinando com a toalha e copos para água, vinho tinto e branco. Para a organizaçao dos pratos, temos primeiro o sousplat e, logo acima, o prato, com o guardanapo a sua esquerda. Do lado direito ficarao a colher, em caso de haver consumê, ou a faca para a entrada, a faca para peixe ou a faca para carne ou ave. Do lado esquerdo, deverao estar o garfo para a entrada, um outro para peixe ou para carne. Acima dos garfos ficarao pratinhos para pao e sobre ele uma faca para manteiga. Acima dos pratos ficarao a faca, o garfo e a colher para sobremesa. Do lado direito, acima das facas, ficarao um copo para água, um para vinho tinto e outro para vinho branco.

Caso seja servido champanha, sua taça poderá ocupar duas posiçoes, dependendo da freqüência em que a bebida será consumida. Se este for servido somente uma vez ao longo do jantar, a taça deverá ficar à esquerda do copo para água, isto é, no lado oposto ao dos vinhos. Porém, se resolver servi-lo por todo o jantar, a taça deverá ficar à direita do copo para água.

O que servir em um almoço informal?

O cardápio deve ser organizado de modo a simplificar o serviço. Mas, ainda assim, deve-se servir, pelo menos, dois pratos principais, por exemplo uma espécie de carne e outra de peixe, buscando atender às preferências dos convidados.

Como os anfitrioes devem agir durante um almoço ou jantar à francesa?

Nao devem levantar-se durante a refeiçao, nem mesmo sentar-se depois dos convidados; a refeiçao só deve ser iniciada quando todos os convidados estiverem à mesa; nao devem levantar-se até que todos os convidados tenham terminado sua refeiçao; devem tratar sobre assuntos agradáveis, dirigindo-se a convidados próximos, sem deixar de conversar com os demais; devem supervisionar o serviço.

Quando usar o jogo americano?

O jogo americano pode ser usado em almoços, jantares e lanches; contudo, somente em ocasioes informais. Quando servir à americana e como proceder? A refeiçao servida à americana é ideal para uma grande recepçao com muitos convidados, pois deixa todos à vontade. Na arrumaçao da mesa, os pratos, talheres e guardanapos devem estar expostos no lado direito da mesa; um arranjo de flores ou frutas no centro; e as travessas no lado esquerdo. Bebidas e copos devem ficar em outra mesa. A preferência é dada para opçoes fáceis de serem consumidas, como saladas, risotos e strogonoff.

Como combinar bebida e comida?

Para realizar essa combinaçao com sucesso, basta observar algumas sugestoes: peixe e carnes brancas devem ser servidas com vinho branco; carne vermelha, com vinho tinto; a sobremesa pode vir acompanhada de champagne; licores e conhaques podem ser servidos após a sobremesa; enquanto que o whisky acompanha os aperitivos.

Como servir o cafezinho?

O cafezinho deve ser servido após a refeiçao principal, em uma bandeja composta por xícaras, açucareiro e adoçante, com ou sem bule, visto que pode ser servido apenas o café diretamente nas xícaras. Atençao: nao se deve colocar açúcar ou adoçante no cafezinho ao ser servido.

Quando optar por um cocktail, como realizá-lo?

O cocktail é perfeito para uma comemoraçao entre amigos. A depender do tipo de cocktail, o horário de início pode variar entre 19 e 21 horas. Possui duraçao relativamente curta. O anfitriao deve oferecer desde de canapés, pequenos sanduíches, salgadinhos e torradas a buffets. Para beber, whisky, champagne, vinho branco, água e refrigerante. Os garçons devem estar bem uniformizados. No caso de uma reuniao mais simples, pode-se optar por servir apenas vinho branco, água, refrigerante e salgadinhos.

E para reunir as amigas para um Chá?

Chá é uma forma de reunir um pequeno número de convidados. É geralmente servido por volta das 17 horas. A mesa deve ser arrumara com uma toalha fina de linho bordado, com guardanapos combinando. Se desejar uma reuniao mais elaborada, pode utilizar três mesas bem ornamentadas, uma para colocar os frios, patês, torradas, paes, sanduíches; outra para os doces, bolinhos, biscoitos; e a terceira para servir chá, sucos, chocolate quente e frio, água de coco, onde também estarao disponibilizados xícaras, pratinhos, copos e guardanapos.

Como organizar uma festa infantil?

A festinha é geralmente realizada no playground do edifício, em um buffet ou mesmo em casa. O importante é decorar o ambiente com baloes, distribuindo brindes e doces para as crianças convidadas, sem esquecer da animaçao da festa, que pode ser com animadores contratados como palhaços e mágicos, ou seja, tudo aquilo que faz parte do universo infantil. Nunca esqueça de considerar a idade das crianças.

Fonte : requinte.3dwebstudio.com.br

Regras de etiqueta

Crianças precisam ter boas maneiras à mesa?

“Não implica”, “deixa o menino à vontade”, “isso é frescura!”. Toda mãe, principalmente quando as crianças estão com cinco ou seis anos, se pergunta se é certo ou errado pedir para o filho ou para a filha comer de boca fechada, não segurar a cabeça enquanto mastiga ou tirar o cotovelo da mesa.

O fato é que todo mundo aprende a comer de boca fechada na hora certa. Se a criança está comendo de boca aberta é porque a sua musculatura facial ainda não está amadurecida para abrir e fechar sem que a mãe diga “fecha a boca”. Em vez de reprimi-lo, ajude a musculatura a se desenvolver dizendo para a criança mastigar bem.

Repare como as crianças pequenas seguram a cabeça enquanto mastigam.

É que elas têm muitas idéias na cabeça e o esforço dos músculos do rosto é grande.

Alguém já viu uma mocinha de 12 anos segurar a cabeça à mesa?

Seu filho não consegue usar a faca ainda?

Dê um pedacinho de pão para ele treinar empurrar a comida para a colher ou o garfo, com a coordenação motora bem afinada, na hora certa, ele vai cortar com a faca.

O mais difícil: fale com ele com a voz baixa e tranqüila, mesmo que a mesa pareça um campo de guerra! Dê um bom exemplo, as crianças imitam os gestos dos pais.

As crianças sempre aprendem e não só em casa. E mais para frente, como parte do processo de socialização, bons modos e regras de etiquetas serão também tema nas conversas dos pré-adolescentes.

Fonte: etiquetesima.blog.uol.com.br

Regras de etiqueta

Onde deixar os talheres na hora de repetir

Muitas pessoas utilizam em casa um descanso para talheres. São charmosos e deixam a mesa mais composta.

Em um bufê, no quilo da esquina e sempre que não tiver um lugar para apoiar os talheres, coloque-os na lateral do prato e prenda com o dedo polegar.

Quem deve ser o primeiro a se levantar da mesa em um restaurante

As regras de etiqueta, principalmente aquelas que envolvem muitas pessoas e ainda sentadas perto uma das outras, acabam por ser inviável.

As pessoas de maior importância na hierarquia social devem iniciar e ou terminar uma refeição. Assim bispos, políticos ou militares teriam que iniciar o movimento para sentar ou levantar.

Mas o fato real é que a primeira pessoa a se levantar vai ser aquela que estiver com a cadeira livre o bastante para se movimentar, e assim permitir que as demais à sua volta consigam sair da mesa.

Servir uísque em festas e jantares comemorativos

Os estilos de festas podem variar um pouco de acordo com a época, com a turma de amigos.

Servir ou não uísque em uma festa depende do gosto dos anfitriões e dos convidados, da época do ano, algumas vezes até o número de garçons contratados pode pesar na hora de se decidir por um ou outro tipo de bebida ou comida.

A variedade de bebidas disponíveis no mercado aumentou e a qualidade melhorou muito, e com isso a freqüência com que certas bebidas são oferecidas mudou.

Não fere nenhuma regra de etiqueta servir uísque em festas e jantares comemorativos

Forma correta para se segurar uma taça

Como um copo normal, na parte alta.

Apenas e só nesses casos, pode se segurar uma taça pelo pé: durante uma degustação de vinhos. O motivo é para evitar que o calor das mãos aqueça o vinho que em uma prova deve se apresentar na temperatura correta para ser avaliado de maneira justa.

Não é mais elegante segurar pelo pé. E também quando à mesa o tempo que se segura a taça é pequeno - dura apenas o tempo para se dar um golinho.

Cor da camisa e da gravata que se deve usar com terno preto

Camisa branca e uma gravata de cor lisa e discreta.

O que calçar quando o par é mais baixo

A mulher não deve se preocupe com a altura do par.

Muitos homens baixos adoram sair com mulheres mais altas.

Não use um escarpin. Vista sandálias abertas ou fechadas atrás, ou se preferir um sapato estilo Chanel, fechado na frente e aberto atrás.

Roupa mais adequada para usar num batizado

A roupa precisa ser bem confortável.

Nada de tecidos que "pinicam" a pele ou cavas apertadas que podem dificultar o movimento dos braços.

Apesar da formalidade da cerimônia, é uma ocasião que permite um traje esporte, não há necessidade de terno e gravata para os homens ou roupas muito elaboradas para as mulheres.

Um vestido curto, com tecido leve ou calça comprida – informe-se se a igreja permite – e uma blusa bonita a mulher estará bem vestida.

Calça preta para um casamento

A roupa não parece pela descrição muito adequada para o casamento.

Normalmente em casamentos à noite as pessoas costumam usar vestidos com comprimento logo abaixo dos joelhos com tecidos delicados.

ENTRE NESSE AITE E VEJA OS BONS MODOS A SEREM USADOS NO DIA DIA

http://vocesa.abril.uol.com.br/informado/aberto/ar_185339.shtml

ETIQUETA CORPORATIVA: NOVAS REGRAS PARA VELHOS HÁBITOS

ETIQUETA CORPORATIVA: NOVAS REGRAS PARA VELHOS HÁBITOS

Se você ainda acredita que regras de etiqueta são aqueles cuidados que você dever ter à mesa, é hora de mudar seu ponto de vista.

As noções de etiqueta ultrapassaram a fronteira dos restaurantes e jantares e se aplicam em muitos setores da sua vida, mesmo que você ainda não tenha percebido.

Beber além da conta, vibrar com o toque do seu time de coração no celular, usar uma roupa exagerada em plena segunda-feira às 15h. Tudo isso pode comprometer sua imagem no ambiente de trabalho, se você não estiver atento. Mesmo assim, mantenha a calma. Algumas situações a que somos expostos todos os dias podem parecer traiçoeiras, mas a mais fiel aliada da etiqueta corporativa ainda é o bom senso.

ETIQUETA CORPORATIVA, QUE BICHO É ESSE?

Assim como outras regras de etiqueta, no ambiente corporativo essas normas têm o objetivo de formar e/ou capacitar um funcionário para atender clientes, principalmente, da melhor forma possível. É o que conta a consultora em etiqueta e assessora de noivas, Gianine Luiza. Essas regras ainda incluem a apresentação física, contato com colegas e chefes, contatos ao telefone - sempre com base nas regras da boa educação e da melhor convivência.

Além disso, o marketing pessoal pode ser importante para sua carreira. "É a melhor forma que temos para conseguir aquilo que queremos profissionalmente, usando nossa apresentação, nossa forma de comunicação, nossas atitudes, a forma como falamos e tratamos as pessoas, nosso poder de persuasão, etc.", conta Gianine.

Lígia Marques, consultora em etiqueta e marketing pessoal, ressalta que o conhecimento das regras de etiqueta fazem com que o ambiente de trabalho se torne mais leve e produtivo. Ela afirma que "são instruções bastante simples, mas que as pessoas precisam ter ouvido de alguém para ter certeza e se sentirem seguras em suas atitudes futuras."


ETIQUETA COM ESPAÇO GARANTIDO

Longe da teoria, a aplicação não parece ser muito respeitada. "As pessoas não ligam para regras de etiqueta e ainda as consideram uma grande frescura!", resume Gianine.

Mesmo assim, a sociedade dá sinais de mudança – para melhor. "Hoje estamos num processo de franca valorização deste tipo de conhecimento, embora tenha havido um grande hiato depois dos anos 60 até recentemente", pondera Ligia.

O trabalho também consiste em mostrar às pessoas que etiqueta e educação não são sinônimos de frescura ou de ser esnobe. Até mesmo questões de cidadania são incluídas nesse universo hoje em dia.

"Podemos dizer que a etiqueta nos torna mais amigos, simpáticos, sinceros, próximos e prontos para encarar situações de maneira fácil e descomplicada, pois ela existe para auxiliar no dia-a-dia", explica Gianine.

Ligia completa: "Coloco etiqueta como a melhor forma de uma pessoa se relacionar com as outras. A palavra relacionamento é fundamental. Uma pessoa bem educada vai se relacionar melhor com as outras do que quem não tem a mesma educação.".

Lícia Egger-Moellwald, articulista do Portal IG com a coluna "Comporte-se" e professora de Pós-Graduação da Universidade Anhembi Morumbi, observa a diferença entre o comportamento das pessoas e o tipo de conduta que as empresas propõem. "As pessoas têm de ser educadas, gentis, ter bom relacionamento, interagir, mas o que acontece não é isso. Os profissionais têm dificuldades de relacionamento, temem ser mal interpretadas e sofrem com toda a sorte de ruídos na comunicação". Ela ainda diz que, ao colocar as regras em prática, as pessoas percebem rapidamente o benefício dessa ação.

ERROS MAIS COMUNS

Em virtude da variedade de assuntos tratados em cursos de etiqueta, fica difícil saber quais são os mais comuns, mas as dúvidas à mesa são muito freqüentes. "Os talheres são sempre um grande problema - onde colocá-los, como manuseá-los, quando usá-los", conta Gianine.

No ambiente profissional, as gafes podem se apresentar no uso inadequado de um cartão de visita, não saber como fazer uma apresentação corretamente e não construir sua "marca" corretamente.

Isso é só o começo. Ainda é preciso ter cuidado com roupas muito decotadas ou muito curtas para as mulheres, fazer fofocas dos colegas; usar expressões íntimas ao falar com clientes - "querida", "meu anjo", "amigo","meu bem" – e ter intimidade com o chefe para obter benefícios futuros.

Os deslizes também passam pelos trajes. De forma sutil, a roupa que você usa pode denunciar seu comportamento ou passar uma imagem que não se encaixa no âmbito profissional. Por isso, é aconselhado fugir de transparências, roupas justas e estilos duvidosos.

FUJA DAS GAFES!

Agir com discernimento ainda é a melhor saída para evitar erros e fugir de situações embaraçosas. Em um cenário desfavorável, o mais indicado é manter a calma, usar o bom senso e agir da maneira que julga correta. Assim que possível, procure informar-se com alguém que conheça o assunto ou as regras de etiqueta.

Ligia afirma que a honestidade é um fator importante nos nossos relacionamentos. "Quando a pessoa desconhecer certo costume ou regra, é melhor que pergunte, mostrando transparência e honestidade do que fingir que sabe e ainda correr o risco de se dar mal."

Lícia aconselha: "Quando acontecer alguma coisa que não estava prevista, o máximo que você pode fazer é pedir desculpas com sinceridade – uma vez só". Ser sincero e fazer o possível para remediar o erro é a atitude mais correta. Caso tenha derramado um copo de vinho durante um almoço, por exemplo, pergunte se a pessoa se molhou e peça ao garçom que recolha o copo. Caso o dano seja maior, como derrubar um notebook de um colega, garanta o ressarcimento do aparelho e pronto."Têm situações na vida nas quais você não tem o que fazer", afirma. Por isso é preciso pedir desculpas e fazer o que é possível para minimizar o deslize.

O ideal é que os profissionais procurem se aperfeiçoar nessa área, pois cada vez mais as chances de conseguir um bom emprego e desenvolver-se profissionalmente passam pelas atitudes pessoais. "Longe de etiqueta ser algo supérfluo. As grandes empresas já perceberam que faz o diferencial", completa.

Regras de Etiqueta à Mesa

Antes do Acontecimento

- Em ocasiões informais, o convite pode ser feito pessoalmente, por telefone, ou mesmo, por email, com no mínimo, seis dias de antecedência.




- No caso de uma recepção mais formal, deve ser impresso. Nestas circunstâncias, o que vale é a originalidade, indo do mais simples ao mais sofisticado, devendo ser enviado com antecedência, prazo este que pode variar de vinte a trinta dias.

- Cabe ao anfitrião informar, no convite, o traje a ser usado.

- Para um jantar de mesa, o ideal é o mínimo de um casal e o máximo de 15 pessoas, dependendo do tamanho da mesa. Uma alternativa é então acomodá-los em mesas separadas, com 4 pessoas em cada.

- Porém, no jantar americano (ou jantar volante), certifique-se que há assentos suficientes para todos os convidados, mesmo para aqueles que preferem ficar de pé.

- O jantar americano pode ser usado em almoços, jantares e lanches; contudo, somente em ocasiões informais. Quando servir à americana e como proceder? A refeição servida à americana é ideal para uma grande recepção com muitos convidados, pois deixa todos à vontade. Na arrumação da mesa, os pratos, talheres e guardanapos devem estar expostos no lado direito da mesa; um arranjo de flores ou frutas no centro; e as travessas no lado esquerdo. Bebidas e copos devem ficar em outra mesa. A preferência é dada para opções fáceis de serem consumidas, como saladas, risotos e strogonoff.

- Escolha pessoas que se dão bem e evite aquelas que gostam de fazer propaganda vendendo seus produtos de limpeza, jóias e bijutarias, o que pode ser embaraçoso para os outros convidados.

- Convide pessoas que gostam de conversar e evite chamar aquelas que já deram vexames com bebida, brigas ou outros.



Arrumar a mesa
- Para uma reunião formal, a mesa poderá ser ornamentada com uma bela toalha e um arranjo de flores, sendo composta por sousplat, pratos, talheres, guardanapos combinando com a toalha e copos para água, vinho tinto e branco.

- Para a organização dos pratos, temos primeiro o sousplat e, logo acima, o prato, com o guardanapo a sua esquerda.

- Do lado direito ficarão a colher, em caso de haver consumê, ou a faca para a entrada, a faca para peixe ou a faca para carne ou ave.





- Do lado esquerdo, deverão estar o garfo para a entrada, um outro para peixe ou para carne.

- Acima dos garfos ficarão pratinhos para pão e sobre ele uma faca para manteiga.

- Acima dos pratos ficarão a faca, o garfo e a colher para sobremesa.

- Os talheres colocam-se junto de cada prato por ordem de utilização.

- O gume das facas deve estar virado para o prato.

- Do lado direito, acima das facas, ficarão um copo para água, um para vinho tinto e outro para vinho branco. Os copos colocam-se pela seguinte ordem, da direita para a esquerda: vinho branco(1º), vinho tinto (2º) e água (3º).

- Se servir como digestivo, ou aperitivo um licor, vinho do Porto ou champanhe, devem estar colocados a seguir.

- Caso seja servido champanhe, a sua taça poderá ocupar duas posições, dependendo da frequência em que a bebida será consumida. Se este for servido somente uma vez ao longo do jantar, a taça deverá ficar à esquerda do copo para água, isto é, no lado oposto ao dos vinhos. Porém, se resolver servi-lo por todo o jantar, a taça deverá ficar à direita do copo para água.

- Não se devem sobrepor pratos na mesa. Só há excepção para o prato da sopa e para o prato de doce, que pode estar sobre o da fruta.

- O prato é servido pela direita e retirado pelo mesmo lado.

- Não se deve afastar o prato quando se acaba de comer.

- As regras de colocar o guardanapo sobre a mesa são variadas, mas saiba que o mais correcto é coloca-lo bem dobrado e engomado à esquerda do prato.

- Quando o usar deve ser aberto e colocado sobre o colo.

- No final da refeição coloca-se sobre a mesa, sem ser dobrado.

- Os guardanapos devem ser da mesma cor que a toalha.

- Evite toalhas com cores "escandalosas" ou com desenhos chamativos.

- Sobre um prato raso, coloque um menor para a entrada e sobre esse prato, coloque um guardanapo dobrado sem muito exagero nas dobras. O guardanapo não é origami (dobras).

- Acrescentar frutas ao menu é uma delicadeza para aqueles que fazem dieta.

- Jamais repita os ingredientes, usando-o em mais de um prato, por exemplo creme de leite na sopa e no prato principal.




- Evite repetir as receitas que tenham o mesmo princípio, como mousse salgado e na sobremesa mousse de frutas.

- Leve em conta a temperatura. Sopa gelada no verão e pratos quentes no inverno.

- Faça mais de um tipo de sobremesa, como mousses e saladas de frutas.

- Um arranjo de flores e velas sempre dá um ar mais festivo a sua mesa, mas utilize flores não muito chamativas para não roubar a atenção, pois o astro da noite é a mesa e a comida, use-os apenas para dar um toque.

- A sopa, se houver, deve já estar servida quando os convidados se sentarem à mesa. O mesmo para a água.

- Um forro debaixo da toalha evita que escorregue; convém que seja da mesma cor, ou de cor semelhante.

- No jantar americano (jantar volante), a comida já deverá estar na mesa quando os convidados começarem a se servir. Coloque do lado da mesa, pilhas de pratos, talheres lado a lado, guardanapos, para que o convidado possa pegar para se servir, e não deixe que faltem pratos.






Receber os convidados
- O anfitrião deve ser pontual.

- Caso ocorra algum imprevisto que o impeça de receber os primeiros convidados, deve ser representado por um membro da família.

- Um dos requisitos para se receber com sucesso é agir com naturalidade, segurança e desenvoltura, proporcionando aos convidados um clima de descontracção e demonstrando, especialmente, a presença de todos indistintamente.

- Não se deve aguardar a chegada do último convidado para começar a servir os aperitivos.

- Comece a servir bebidas de entrada e salgadinhos quando chegarem os primeiros convidados. Espalhe tigelas de petiscos.

- Quanto à bebida, sirva, whisky escocês, e para pessoas mais jovens e/ou pessoas que não bebam álcool, sirva refrigerantes, sumos, etc.

- Se tem animais de estimação prenda-os. Muitos têm medo de cães e a maioria não gosta de ser cheirado e lambido. É muito constrangedor para o visitante quando um cão suja a roupa, ou deixa pêlos.

- Evite demorar a servir o jantar para prolongar a festa, pois quando o servir, a maioria já terá perdido a fome com os salgadinhos e o estado etílico elevado de outros poderá ser desastroso.

- A hora mais apropriada para servir o jantar é aproximadamente uma hora depois do horário marcado para a chegada, ou até uma hora e meia depois.

- Certamente haverá convidados que não se conhecem e cabe ao anfitrião apresentá-los e ambientá-los na festa.

- Apresenta-se sempre a pessoa menos à mais importante. A jovem, à mais velha. O homem, à mulher.

- Use o sobrenome, menos para os mais jovens, pois o sobrenome pode ser um bom ponto de referência. Pronuncie claramente o nome e o sobrenome.



- Cabe à pessoa mais importante, àquela que "recebe" a apresentação, fazer o primeiro gesto. Estender a mão, fazer um aceno, tudo isso vale.

- Se esqueceu o nome da pessoa, perguntar e pedir desculpas é o mais correto, mas poderá magoar o convidado. Procure decorar os nomes das pessoas que convidou.

- Ninguém se deve sentar sem a dona de casa indicar os lugares.

- Primeiro sentam-se as senhoras e só depois os homens.

- Cada convidado, consoante o seu estatuto ou familiaridade senta-se num determinado lugar.

- Os donos da casa sentam-se nas cabeceiras da mesa.

- Os convidados mais importantes devem sentar-se um do lado direito e outro do esquerdo.

- Homens e mulheres devem estar em lugares alternados.

- Os casais devem estar separados, a não ser que estejam noivos.

- Os mais velhos têm preferência na distribuição dos lugares.

- Numa refeição informal deve-se servir, pelo menos, dois pratos principais, por exemplo uma espécie de carne e outra de peixe, buscando atender às preferências dos convidados.

- Os anfitriões não devem levantar-se durante a refeição, nem mesmo sentar-se depois dos convidados.

- A refeição só deve ser iniciada quando todos os convidados estiverem à mesa.

- Ninguém se deve levantar até que todos os convidados tenham terminado sua refeição.

- Os anfitriões devem tratar sobre assuntos agradáveis, dirigindo-se a convidados próximos, sem deixar de conversar com os demais.

- Não dê atenção apenas para as mesmas pessoas, procure conversar um pouco com todas, cumprimentando e acenando.

- Sorria sempre para mostrar aos convidados que está muito satisfeito com a vinda de todos.

- Jamais coloque música de fundo em volume alto demais. Isso poderá prejudicar a conversa entre os convidados. O mais acertado é deixar em volume suficiente para todos ouvirem, nem alto e nem baixo demais.



- Tente não demonstrar o cansaço. O que você pode fazer é não insistir no contrário, quando os convidados disserem que está na hora de ir embora.




Combinar bebida e comida
- Peixe e carnes brancas devem ser servidas com vinho branco.

- Carne vermelha, com vinho tinto.

- A sobremesa pode vir acompanhada de champanhe.

- Licores e conhaques podem ser servidos após a sobremesa.

- Whisky acompanha os aperitivos.



Servir vinhos
- Quando servir uma garrafa de vinho nunca toque com a garrafa no copo e não encha mais do que um terço ou metade do copo.

- Servem-se sempre, como todas as bebidas, pelo lado direito da pessoa que vai beber.

- Se a garrafa for aberta à frente dos convidados, o dono da casa deve ser o primeiro a provar, verificando assim se o vinho está em condições de ser bebido.

- Os vinhos devem ter uma ordem correcta de ser servidos: o seco antes do doce, o novo antes do velho e o branco antes do tinto. Os vinhos devem ser uma surpresa, uma vez que o último vinho a ser servido deve ser o melhor, numa ordem que vá do bom ao excelente, do leve ao encorpado, do simples ao subtil.





Caviar
- A maneira mais comum de servir o caviar é com torradas, ou au blinis (tipo de uma panqueca), sempre como aperitivo ou entrada e jamais como um jantar.

- Uma boa dica é servir com torradas coberta com manteiga e com limão cortadas bem finas para não prejudicar o sabor do Caviar, afinal de contas, você está a servir caviar e não limão.

- Você só encontra caviar importado, em potes. Para o manter bem conservado coloque no frigorífico com a tampa bem vedada para que não perca o gosto ou pegue o gosto de outros alimentos contidos na geladeira.



Alcachoufra
- Regado com um pouco de molho, é uma verdadeira delícia.

- Como se come as folhas com a mão, a lavanda deve acompanhar.

- Pode-se, no entanto, preparar também só o fundo da alcachofra, cozido com vinho branco, óleo e hortelã, por exemplo, como recomenda uma antiga receita romana.



Fondue
- Os elementos básicos para o preparo são simples, mas é necessário um equipamento especial: fogareiro com uma pequena panela e garfos de cabo longo com dois dentes. Este equipamento é fácil de encontrar até em supermercados.

- O preparo do fondue de queijo, usa-se o de tipo suíço ou do tipo prato, na proporção de 200 gramas por pessoa, procure não arriscar fazer no dia em que há os amigos em casa, faça experimentos para evitar constrangimento e ter que chamar pizzas.

- Corte o queijo em cubinhos e aqueça no fogão com um pouco de leite, até derreter. Acrescente vinho branco e kirsch (licor extraído de cereja). Depois, a mistura é despejada na panelinha que está na mesa sobre um fogareiro aceso, utilize álcool para aquece-lo, jamais use outros combustível como querosene, etc..

- Cada pessoa espeta um cubinho de pão francês, ou qualquer outro tipo de pão a seu gosto, mas sempre cortado com um lado com a casca, pois só o miolo não há como o garfinho segurar por muito tempo, mergulhe no queijo antes de comer .

- Use com acompanhamento um bom vinho tinto.



- Para o fondue de carne, usa-se filé mignon fresco e cortado em cubos para mergulhar no óleo bem quente que está na panela.

- Depois de frita, a carne é passada em diversos molhos (maionese, sauce tartar, mostarda, pickles, etc.), que devem estar espalhados na mesa, em pequenos potinhos. Use como um bom vinho tinto e pão branco.



Ostras
- Servidas como entrada e abertas sobre gelo picado, e em pratos individuais juntamente com limão cortado em gomos.

- Para comer, espreme-se o limão, segura-se a concha com a mão esquerda e retira-se o molusco com um garfo específico e de três dentes, mas informalmente você poderá usar garfos comuns de sobremesa, ou então levar directamente à boca. Neste caso, o prato vem acompanhado de lavanda (tacinha de vidro ou de outro material com água morna com gotinhas de alfazema ou limão para limpar a ponta dos dedos ao término da alimentação).

- Para acompanhar: um vinho branco gelado é uma óptima ideia.



Frutas
- Cada tipo de fruta tem uma regra especial para ser cortada, servida e comida. Os morangos comem-se com o garfo, as maças e as pêras cortam-se aos quartos com faca e descascam-se de seguida. As cerejas comem-se à mão e os caroços são colocados sobre o prato. As bananas descascam-se e comem-se com faca e garfo. O ananás come-se com faca e garfo e as laranjas cortam-se em quartos e descascam-se com faca e garfo.






Café
- Deve ser servido após a refeição principal, em uma bandeja composta por xícaras, açucareiro e adoçante, com ou sem bule, visto que pode ser servido apenas o café directamente nas xícaras.

- Não se deve colocar açúcar ou adoçante no café ao ser servido.

- O café pode ser servido à mesa ou numa sala diferente da do jantar.

- Pode ser acompanhado por chocolates, cigarros, cigarrilhas ou charutos, digestivos e outras bebidas.

- O café deve vir para a mesa num recipiente próprio.



Tabaco
- Já não é uma forma de afirmação. Pelo contrário, está fora de moda.

- Não se entra num espaço público a fumar.

- Os cinzeiros não se expõem em casa e não se fuma enquanto se é apresentado.

- Deve-se pedir licença para fumar e oferece-se o tabaco antes de fumar.

- O homem deve acender o cigarro à senhora sem esta lho pedir.

- À mesa não se fuma, nem mesmo charutos.






Tipos de alimentos classificados por secções:
1 - Aperitivo: Azeitonas, talos de aipo, biscoitos salgados, amendoim torrado, caju, cubinhos de queijo, camarão frito.

2 - Tira gosto: croquetes, empadas, sanduíches, coxas de galinha, pastéis de bacalhau, bolinho de camarão, salsichão, linguiça, minipizzas, batata frita, mandioca frita.

3 - Entradas: frios sortidos, mousses salgadas, ostras, cocktail de camarão, cocktail de lagosta, saladas de maionese, melão com presunto, caviar.

4 - Sopas: caldo frio, quente, cremes de legumes, creme de tomate, creme de ervilha, creme de ervilha com bacon, etc.

5 - 1º Prato: peixe, bacalhau, camarão, escabeche, lagosta, mariscos, frango, pato, peru, strogonoff de frango.

6 - 2º Prato: carne assada, roast beef, grelhados, vitela, bifes empanados, strogonoff de carne, pernil, bistecas, lombinho de porco, coelho, presunto, carneiro.

7 - Guarnições: arroz, batata, farofa, polenta, fritos, refogados, legumes, saladas cozidas, saladas cruas, banana frita, ameixa seca, batata frita.

8 - Prato Único: feijoada, mocotó, angú, cozido, bacalhoada, macarronada, churrasco, pastas, pizza.

9 - Sobremesas: frutas, cremes de frutas, sorvete, gelatina, compotas, mousse doce, pudim, bolo, torta, etc.


Tabela de composição
Almoço ao Ar Livre: 1 - 6 - 9
Almoço Formal: 1 - 3 - 5 - 6 - 9
Almoço Informal: 4 - 5 - 9 ou 3 - 6 - 9 ou 1 - 8 - 9
Buffet: 2 - 3 - 5 - 8 - 9
Ceia: 4 - 2 ou 5 - 9 ou 4 - 3 - 9 ou 6 - 9
Chopada com Amigos: 1 - 2
Coquetel Simples: 1
Coquetel Semi-Formal: 2 - 3
Coquetel Formal: 2 - 3 - 5 - 6 - 9
Jantar Simples: 1 - 3 - 6 - 9
Jantar Semi-Formal: 1 - 3 - 4 - 5 - 6 - 9 ou 1 - 3 - 4 - 5 - 9
Jantar Formal: 1- 3 - 4 - 5 - 6 - 9



Regras gerais à mesa
- Não fale de boca cheia.

- Coma de costas direitas e cotovelos junto ao corpo.

- Não apoie os cotovelos sobre a mesa.

- Use a faca na mão direita e o garfo na mão esquerda.

- Use sempre o guardanapo após colocar o alimento na boca e antes de usar o copo.

- Não arrote.

- Não use palito de dentes.

- Não encha o prato.

- Não se deve deixar nenhum resto de comida no prato.

- O desejo de bom apetite já está fora de moda. Inicia-se apenas a refeição.

- Também não se deve pedir desculpa, quando por lapso há um arroto. É tanta falta de educação arrotar como pedir desculpa. Isto só serve para chamar ainda mais atenções para o que aconteceu.

- Não encher a boca demais na hora de comer.

- Não falar com comida na boca.

- Não fazer ruído ao comer.

- Não colocar os cotovelos sobre a mesa.

- Levar o garfo e /ou a colher à boca e não a boca até o garfo.

- Enquanto mastiga, deve deixar os talheres sobre o prato.

- Coma de boca fechada.



- Coma garfadas pequenas.

- Intercale os goles de vinho com goles de água.

- Quando segurar o seu copo os seus dedos devem todos tocar no vidro. Nunca estique o seu dedo mindinho!

- Limpe discretamente a sua boca antes de usar os copos para evitar que manchas de comida fiquem no copo, isso poderá causar efeitos desagradáveis em quem estiver próximo de você.

- Quanto aos talheres, segure a faca com a mão direita, com o dedo indicador mais próximo da lâmina sem encostar, e, enquanto estiver utilizando a faca, maneje o garfo com a mão esquerda. Tratando-se de uma comida que não necessite ser cortada, utilize o garfo com a mão direita.

- Os alimentos são cortados à medida que se come.

- A sopa toma-se com a colher de lado, e não colocando a ponta na boca.

- Não pique os alimentos para depois os comer só com o garfo ou colher.

- Não beber a água, ou o vinho todo de uma vez.

- Não sopre a sopa para a arrefecer.

- A salada deveria vir em pedaços de dimensão ideais mas caso isso não ocorra, corte as folhas com o garfo ou dobre-as sempre com garfo.

- A forma correta de se comer um cocktail de camarão é usar a colher para o molho e pedacinhos de camarão e a mão para os camarões maiores (sim, comer com a mão nem sempre é gafe).

- Mamões e melões cortados ao meio comem-se com a colher.

- Evite "lutar" com a comida, demonstrando esforço ao cortar ou erguendo muito os cotovelos.

- Não se sirva de grandes bocados de cada vez como uma folha de alface inteira.

- Não faça ruídos ao mastigar.

- Se houver uma comida de que você não gosta ou não quer se arriscar, não a recuse; sirva-se de uma porção mínima, coma o que puder e deixe o resto no prato, ou seja, disfarce.

- Restando um pouco de molho ou sopa, abandone, a não ser que queira lamber o prato e ser expulso da casa. Não há problema algum em deixá-lo no prato.



- Se derramar bebida na mesa evite exagerar o seu constrangimento. Peça desculpas à dona da casa moderadamente.

- Se deixou cair comida no chão: se for coisa pequena, limpe discretamente com o guardanapo e deixe assim mesmo. Em caso de desastre maior como deixar cair a sopa inteira, peça licença a todos e vá limpar-se na casa-de-banho. E não fuja de vergonha.

- Se deixarem cair comida sobre si, não faça escândalo. Diga com naturalidade e displicência, que não há importância e que não foi nada, mesmo que o seu vestido tenha saído uma fortuna para aquele jantar especial. Se puder, diga algo divertido para aliviar o constragimento do desastrado.

- Se cair alguma coisa, como talheres, não se debruce para o apanhar. Peça outro discretamente ao garçom, pois dessa maneira muitos convidados nem irão perceber.

- Não coma devagar demais, atrasando os outros, ou depressa demais atrasando os outros.

- Jamais monopolize a conversa até mesmo daqueles que estão distantes falando de algo que te interesse.

- Nunca diga “estou cheia de fome!”.

- Mantenha-se sempre natural e com leveza.

- Elogie discretamente a comida, mas não todas e, sim, a que realmente lhe agradar.

- Fique sempre atento ao garçom, para facilitar seu trabalho de servi-la pela esquerda e tirar os pratos pela direita.

- Beba e coma com moderação.

- As azeitonas comem-se com a mão, devolvendo o caroço à mão em forma de concha. Quando a azeitona fizer parte do prato que foi servido, você devolverá o caroço no garfo, mas em ambos os casos você depositará o caroço no canto do prato, ou na caroçadeira que estiver a sua frente.

- Na hora de comer o seu pedacinho de pão à mesa, saiba que não poderá cortá-lo com a faca e sim com a ajuda das mãos.

- O comsommé ou soupé é servido em um recipiente que tem duas alças precido com uma chávena. A forma correta de tomar comsommé ou soupé é com o auxílio da colher de sopa. Há pessoas que costumam tomá-lo segurando a "consomeira" pela duas asas.

- Não se deve comer frango com as mãos, por mais descontraída que seja a ocasião. Se o frango estiver a ser servido à mesa, coma-o com garfo e faca, mas para não deixar outras pessoas constrangidas poderá segurá-lo com as mãos, protegendo-as com um guardanapo de papel.

- O macarrão (spaghetti, taglierini) deve ser enrolado no garfo e comido com o auxílio de uma colher, segura pela mão esquerda. Não se deve cortar o macarrão para o comer.




Como utilizar o pratinho de lavanda
- Eventualmente o garçom irá colocar à sua frente uma tigela de vidro ou de outro material sobre um prato.

- Você deverá usá-la para molhar somente as pontas dos dedos e colocá-la à esquerda do prato.

- Assim servirá para limpar os dedos quando comer algo gorduroso com as mãos.

- Se o garçom colocá-la à sua esquerda, utilize-a depois de ter comido.






Reunir as amigas para um Chá
- Chá é uma forma de reunir um pequeno número de convidados.

- É geralmente servido por volta das 17 horas.

- A mesa deve ser arrumada com uma toalha fina de linho bordado, com guardanapos a combinar.

- Se desejar uma reunião mais elaborada, pode utilizar três mesas bem ornamentadas, uma para colocar os frios, patés, torradas, pães, sanduíches; outra para os doces, bolinhos, biscoitos; e a terceira para servir chá, sumos, chocolate quente e frio, onde também estarão disponibilizados chávenas, pratinhos, copos e guardanapos.



Organizar uma festa infantil
- A festinha é geralmente realizada no playground do edifício, num buffet ou mesmo em casa.

- O importante é decorar o ambiente com balões, distribuindo brindes e doces para as crianças convidadas, sem esquecer da animação da festa, que pode ser com animadores contratados como palhaços e mágicos, ou seja, tudo aquilo que faz parte do universo infantil.

- Nunca esqueça de considerar a idade das crianças.






Tipos de recepção
Formais (serviço à francesa, serviço à inglesa)
Informais (serviço à americana, à brasileira)

- Serviço à francesa
Em matéria de etiqueta à mesa, é o mais requintado, deve ser realizado somente em ocasiões especiais (casamentos, bodas, noivados, quando receber pessoas formais, como ambiente de trabalho – presidentes, directores, hóspedes estrangeiros). São situações protocolares, como numa embaixada por exemplo.
Neste serviço devemos tomar precauções dobradas, nada pode dar errado... O garçom deve estar impecável (com uniforme e luvas). O mesmo começa servindo a mulher sentada ao lado direito do anfitrião (a convidada de honra), em seguida todas as mulheres, por último o anfitrião. Deve trazer a bandeja à esquerda do convidado, para que ele mesmo se sirva.
Os lugares à mesa são marcados com porta cartões (placement), onde consta o nome de cada um à frente do local onde deve se sentar.
O garçom que serve à francesa deve ter muita prática, não deve nunca esbarrar nos convidados enquanto serve e nem se encostar à mesa.

- Serviço à inglesa
O serviço à inglesa também é um serviço requintado, porém o que o diferencia é que neste serviço o convidado não precisa pegar os talheres da bandeja para se servir, pois é o garçom que o fará. É um serviço muito usado nos restaurantes. Somente o prato principal é passado entre os convidados o resto dos pratos são servidos individualmente nos pratos.

- Serviço à americana
Serviço a americana é quando o prato é servido "montado", já pronto, na mesa do comensal, seguindo padrões de estilo que variam de acordo com o conhecimento individual daqueles que o preparam. Um grande chefe de renome internacional, por exemplo, fará sua apresentação de acordo com os conhecimentos que possui o que o diferirá muito daquele prato feito que fizermos em casa. Observar que o serviço americana é conhecido, também, como serviço de empratado. O que chama a atenção neste serviço é a apresentação dos alimentos dispostos no prato, que tendem a obedecer uma harmonia de cores, texturas e sabores para garantir que vai agradar não somente aos olhos do comensal, como também, o seu paladar. Os pratos, já montados em sua apresentação final são servidos pela esquerda do comensal, e retirados pela direita, aplicando-se a mesma concordância com os serviços à esquerda, onde, em geral, serve-se o pão e os pratos que compõem o menu, e a direita, onde, em geral, são servidas e retiradas as bebidas, assim como, as sobremesas.

- Serviço tradicional
É o tipo de serviço que mais estamos acostumados. É o tradicional serviço familiar que realizamos em casa. A mesa deve ser arrumada com toda a elegância, pois mesmo sendo pessoas mais íntimas, deve–se ter o capricho de distribuir tudo da melhor forma possível. Nesse serviço não utilizamos garçom, pois as travessas podem estar à mesa.



Exemplos de como apresentar a sua mesa:
ALMOÇO



entradas


assados

frios


fruta




JANTAR




sopa e assado




sobremesa




fruta
Pela sua complexidade, a disposição dos lugares à mesa é um dos principais problemas do cerimonial oficial ou privado. Em sua solução estão envolvidas três disciplinas: Etiqueta, Protocolo e Boas-maneiras (*) e, indiretamente, também a História.

A Etiqueta faz a qualificação da posição dos assentos. Diz, por exemplo, que as cabeceiras da mesa, devido a terem vista de todo o salão, por estarem no meio de um numero igual de assentos de um e outro lado; e por contarem com espaço mais amplo e melhores condições para serem servidas, e um maior número de interlocutores, são os lugares mais importantes ou mais valiosos “A” e “B”; a partir destes, qualifica os demais assentos em ordem decrescente de importância. O Protocolo determina “A” e “B” como assentos cativos dos anfitriões – os promotores do evento –, e aos demais, “lugares de honra”, para convidados. Verifica então a hierarquização da importância das pessoas para distribuí-las corretamente de acordo com o valor correspondente dos assentos. Em eventos oficiais, essa hierarquia é determinada por um Protocolo criado por decreto, ou pelo Protocolo que segue algum critério naturalmente reconhecido entre os membros de um clube, funcionários de uma empresa, ou objeto de um estatuto interno.


Fig. 1

Em eventos não oficiais, Boas-maneiras poderá, por um motivo sutil para o qual o Protocolo é tecnicamente cego, deslocar um convidado e colocá-lo em mais evidência que seus títulos justificariam. Por uma deferência segundo os seus sentimentos, o anfitrião poderá ceder seu lugar a um convidado que ele queira reconhecer de modo especial, (por exemplo, um general, uma autoridade civil, um prelado) o qual poderá aceitar ou não a deferência - mas a troca jamais será uma obrigação do anfitrião.

Historicamente, duas disposições de lugares se consagraram, a inglesa e a francesa, ambas mostradas na Fig. 1. A primeira disposição, a inglesa, tem A e B nas cabeceiras; na segunda, francesa, A e B se confrontam no centro da mesa. A disposição inglesa – o chefe da família ocupando a cabeceira da mesa, "A", e sua mulher, "B" – é tradicionalmente observada no Brasil desde a época colonial. Foi adotada em Portugal, cuja corte teve intimidade histórica com a corte da Inglaterra – país que chegou a ter uma rainha portuguesa –, e depois se deslocou para o Brasil. Mas em um almoço com muitas pessoas em uma mesa longa, pode ser mais conveniente a etiqueta francesa. Neste caso, ninguém senta nas pontas da mesa.

É regra também da Etiqueta que os assentos sejam alternadamente para homens e para mulheres, evitando-se um homem sentado ao lado de outro, ou uma mulher ao lado de outra, e também que um homem seja colocado frente a uma mulher. Essa regra só é quebrada quando o grupo não corresponde idealmente a um número de casais completos. Devido a essa alternância obrigatória na ocupação dos assentos, resultará que o anfitrião terá uma mulher à sua esquerda e outra à sua direita, e a anfitriã terá um convidado homem de cada lado. Ambos devem colocar à sua direita o convidado ou convidada mais importante, e à sua esquerda o convidado ou convidada que sejam os segundos em importância.

Um exemplo simples, comum, e bastante ilustrativo, é o do casal que convida para almoçar ou jantar os seus sogros. A disposição seria como na Fig. 2.

Fig. 2

Se, em mesas retangulares, para a observância dessa regra for necessário, a anfitriã deve ceder sua posição B, a fim de manter a alternância a partir do anfitrião em A, e a disposição frente a frente do mesmo sexo. Este problema surge quando o número de casais em uma mesa retangular é par.

Se ocorreu a necessidade da anfitriã ter o seu lugar deslocado, ela deve ocupar o extremo lateral direito, de modo que o convidado de honra – que é o mais importante – ficará à sua direita ao ocupar a cabeceira B.

A anfitriã que recebe sozinha, o Protocolo a coloca no lugar “A” pois este é o mais adequado para supervisionar o evento e coloca o convidado de honra na posição B. Se há mais de uma mesa, o convidado de honra será mantido à direita da anfitriã, no assento à direita de “A”. O anfitrião que recebe sozinho procederá do mesmo modo, colocando o convidado de honra em B, no caso de se tratar de uma única mesa. No caso de mais de uma mesa, colocará o convidado de honra na sua própria mesa, próximo de si, porém não nos dois lugares imediatamente ao seu lado, os quais serão ocupados pela mulher de primeira importância à sua direita, e pela segunda em importância, à sua esquerda, como dito acima.

A anfitriã é a primeira a sentar-se, e será seguida pelas demais mulheres. Antes de se sentarem, os homens devem ajudar a senhora á sua direita a se sentar, posicionando e empurrando convenientemente a cadeira, a fim de que ela possa ter as duas mãos livres para acomodar o vestido enquanto se senta. Feita esta gentileza, devem aguardar que o anfitrião se sente para ocuparem seus lugares. Alguns dos homem talvez tenham que ajudar a duas senhoras, primeiro à sua direita, depois à sua esquerda.

Se mais de uma mesa são usadas na recepção – como em geral ocorre em um Chá, ou em jantares de homenagem e jantares do ensaio, por exemplo –, os lugares cativos A e B (reservados à anfitriã e ao anfitrião) são os lugares extremos que se olham de cada uma de duas mesas diagonalmente mais afastadas no recinto (A e B na fig. 3). Lugares de honra são à direita de cada um, e outros, de importância secundária, em cada uma das demais mesas, a partir da posição mais privilegiada, em cada uma delas, em relação à visão do ambiente, à proximidade dos serviços, etc. ("a" na fig. 3).



Fig. 3

Os lugares cativos são, portanto, os que têm condições mais privilegiadas, estão em oposição e são destinados aos anfitriões. Situam-se nos extremos da mesa retangular, quando se segue a etiqueta inglesa, ou no centro de seus lados opostos, quando se segue a etiqueta francesa. O assento principal A estará mais próximo da entrada de serviço da copa que o assento B.

Os membros de um casal e os amigos não são colocados juntos, mas separados e preferencialmente em mesas diferentes, havendo várias mesas Cabe aos anfitriões, preferencialmente à anfitriã, a indicação dos lugares aos convidados segundo seu conhecimento dos valores de cada assento e sua sensibilidade para a hierarquização da ocupação deles conforme um critério de importância dos convidados que tem. Cartões com o nome da pessoa à qual o lugar está reservado é muito prático, quando há um grande número de lugares (mais de seis pessoas). Os dizeres devem reduzir-se a duas ou três palavras que são o sobrenome do convidado ou convidada precedido de Sr. ou Sra. O primeiro nome ou o nome do meio pode ser acrescentado quando for necessário distinguir entre homônimos. Não utilizando cartões, o anfitrião ou a anfitriã convidam as pessoas a sentar, acompanhando-as aos lugares que lhes cabe.

A pessoa que convida amigos para uma refeição, seja em sua casa, seja em um restaurante, não deve fugir da prática de sugerir os lugares à mesa; e os convidados devem, também, aguardar que a anfitriã indique os lugares em que deseja ver cada um deles. De um modo geral a prioridade é dada de acordo com a importância social ou política do convidado, e por isso as regras do Protocolo precisam ser lembradas. Porém, nas reuniões não oficiais, Boas Maneiras leva em conta fatores individuais a serem respeitados, e não apenas uma fria hierarquização de precedências baseada em determinado Protocolo. Por isto, a disposição de lugares pode considerar o grau de cultura, colocando-se frente e frente, ou na mesma mesa, pessoas de mesmo nível cultural, ou que se sabe terem afinidades ou interesses comuns. Os mais velhos podem necessitar de alguém ao seu lado que lhes dê assistência; a surdez unilateral de um convidado precisa ser levada em conta; um membro da família que tenha estado fora do país ou uma pessoa que tenha coisas para contar que interessam a todos precisa de uma posição mais privilegiada; um visitante estrangeiro precisa ter próximo de si alguém que fale sua língua, etc. Deve-se, no entanto, respeitar o mais possível as determinações da Etiqueta quanto a importância dos lugares, - inclusive a regra de distribuição alternada de homens e mulheres, - e do Protocolo, quanto à graduação para sua ocupação.

Saber o lugar que lhe cabe ocupar à mesa, quando os assentos não estão marcados e o anfitrião não cuidou de indicá-los, é prova de um bom conhecimento de Boas maneiras à mesa. Ao final da refeição, ao tempo do café e licores, as pessoas naturalmente se libertarão para conversar em grupos de conhecidos que têm interesses comuns.

Rubem Queiroz Cobra




Os talheres variam em tamanho e forma segundo suas finalidades, e são dispostos numa certa ordem sobre a mesa, junto ao prato da refeição (fig. 1). A ordem é simples, apesar de que são dois sistemas. No Brasil: garfos e facas ficam nos lados correspondentes às mãos que vão utilizá-los para cortar, não para comer. O garfo, seguro na mão esquerda, retém a peça que é cortada com a faca segura na mão direita. Utilizada a faca, ela é passada levemente na borda do garfo, para que fique limpa, e deixada descansando sobre a borda superior direita do prato (fig. 3) e o garfo volta para a mão direita, para levar o alimento à boca. Quando for cortar novamente uma porção, a pessoa volta o garfo para a mão esquerda e utiliza a faca com a mão direita.

O procedimento acima descrito, dito “inglês”, é próprio do nosso país desde a época colonial, pois era usado em Portugal, que teve profunda ligação histórica com a Inglaterra, à qual apoiava em suas guerras contra a França. Nos países de cultura francesa, porém – e na própria França –, o garfo é usado na mão esquerda não apenas quando se corta a carne ou outro alimento, mas igualmente para comer, e com uma particularidade a mais: mostrando grande habilidade, os franceses conseguem equilibrar a comida sobre o que, para nós, é o lado contrário do garfo. Para levar a comida à boca, ajeitam um montinho dela nas costas do garfo seguro pela mão esquerda, com o auxílio da faca, segura pela mão direita. Portanto, para imitar os franceses, não basta comer com a mão esquerda: é preciso também saber utilizar o garfo com o lado convexo para cima. Ao prepararem a mesa, os franceses colocam sobre a toalha o garfo com os dentes voltados para baixo, e nessa posição também ele é deixado sobre o prato, ao final da refeição. Em nosso sistema, os dentes são voltados para cima. A diferença é explicada por vários autores como modo de exibir as armas da família: os franceses faziam a gravação nas costas do garfo, enquanto os ingleses as imprimiam no lado oposto.
O uso no Brasil do garfo na mão direita, embora tenha sido renegado ao final do Império pelo neo-colonialismo francês de nossas elites, é um hábito que ainda predomina e, pelo seu fundamento histórico importante, deveria ser – por que não? – mantido como um valor cultural autêntico de nossa cultura.

*

A disposição dos talheres junto ao prato, e a posição dos copos e do pratinho de pão seguem o esquema da figura 1.

Fig. 1

Uma refeição completa compreende vários pratos e esta é a razão de tantos talheres, e de eles variarem de forma e tamanho, como mostra a figura 1. Na figura estão dispostos os talheres para um jantar informal compreendendo uma sopa ou caldo como entrada, o primeiro prato, o prato principal e sobremesa. Os copos são para água e duas qualidades de vinho. A ordem dos talheres e dos copos é a mesma em que os pratos serão servidos: os primeiros talheres a serem usados são os mais afastados do prato, à direita e à esquerda, a começar da colher (1), para a sopa.

A faca e o garfo mais externos (2 e 3) serão para o primeiro prato, geralmente uma carne branca como peixe ou frango. Se for peixe, esse jogo de talheres será trocado pelo que é próprio para comer peixe.

A faca e o garfo mais próximos do prato (4 e 5) são para o prato principal, e o jogo mais acima (6) terá os talheres adequados à sobremesa; a pequena faca para passar manteiga (7) fica sobre a borda do pratinho de pão (10). Os demais utensílios são o guardanapo (8); o sous plat ou prato de serviço (9), e os copos: o de pé maior (11), para água, o copo de pé menor (13), para o vinho branco que acompanha o primeiro prato, e o copo médio (12) para o vinho tinto que acompanha o prato principal.

O prato de serviço ou sous-plat (pron. suplá ­ do francês, significando "debaixo ou sob o prato") funciona como uma bandeja para os pratos de refeição. Em geral utilizado apenas em ocasiões formais e nos bons restaurantes, era originalmente apenas de prata, mas hoje os materiais variam, sem perder sua característica de robustez. Sobre ele é colocado o prato de sopa e, na seqüência, o primeiro prato e o prato principal. É removido junto com este último, antes da sobremesa. A taça da sobremesa terá seu próprio prato de serviço por baixo. Neste caso, a colher, ao final, é deixada sobre esse prato de serviço, e não na taça em que a sobremesa foi servida.

....

Fig. 2

O talher usado nunca é deixado sobre o forro da mesa. Nos intervalos em que não está a ser usada, a faca é deixada obliquamente em dois pontos de apoio sobre a borda do prato em uso, na posição da corda de um arco, a ponta para o lado mais afastado do prato e o cabo na borda direita.

Se você descansa ambos os talheres por algum motivo, como para usar o guardanapo, partir o pão, etc., o garfo é colocado fazendo um triângulo com a faca, esta na posição oblíqua já descrita da corda de um arco de flecha, e o garfo direcionado para a frente, com o cabo voltado para você (Fig. 2).

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Fig. 3

Durante uma troca de pratos, ou se a pessoa estende o prato para facilitar ser servida, ou se vai ao bufê servir-se uma segunda vez, os talheres usados não devem ser deixados sobre a toalha da mesa. É igualmente ruim sujar o sous plat ou prato de serviço com alguma partícula ou gordura dos talheres. Existem vários tipos de descansos para talheres, em metal e mesmo esculpidos em ágata, para serem usados nesses momentos (fig. 3). Se não houver descansos para talheres, a pessoa deve retê-los consigo, segurando-os juntos, na mão esquerda., em posição horizontal ao nível da mesa, e não na vertical.

O que nesse caso se aplica aos talheres, aplica-se também aos pauzinhos, na comida japonesa. Porém, como os pauzinhos são redondos, o descanso é côncavo, na forma de lua crescente; para os talheres ele pode ser horizontal, mas o modelo arqueado é mais seguro para evitar que as peças caiam sobre a toalha.

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Fig. 4

Ao terminar uma refeição, a pessoa deixa o garfo e a faca unidos em paralelo, dentro do prato, com os cabos apoiados na borda do lado direito, aproximadamente na direção 4:20 horas. A etiqueta recomenda que o lado cortante da faca esteja voltado para o interior do prato e o garfo, ao modo inglês, com os dentes para cima (Fig. 4), e ao modo francês, para baixo.. É considerado reprovável deixar os talheres inclinados, com as pontas apoiadas nas bordas, do lado de fora e de cada lado do prato, como as asas abertas de uma ave.

Os talheres de sobremesa são trazidos à mesa junto com o prato de sobremesa. Mas podem também ser deixados sobre a toalha desde o início da refeição, colocados logo acima do prato de serviço, linearmente entre o pratinho de pão (ou de manteiga) e os copos. Os cabos da colher e da faquinha de sobremesa são voltados para a direita e o cabo do garfo para a esquerda.

A taça da sobremesa terá por baixo seu próprio prato de serviço. Neste caso, a colher utilizada é deixada, ao final, sobre esse prato de serviço, e não na taça em que a sobremesa foi servida.

Escolher e utilizar corretamente os talheres é fundamental para as boas-maneiras à mesa.

Rubem Queiroz Cobra


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Não se servir antes do anfitrião. Ao sentar-se à mesa no lugar que lhe foi indicado, o convidado pode logo tirar o guardanapo do prato e colocá-lo em posição, mas não pode começar a se servir antes do anfitrião ou da anfitriã, e antes que os convidados já estejam em boa parte servidos. Em uma mesa de menos de dez pessoas, espera até que todos estejam servidos para começar a comer. Tratando-se de longas mesas com várias dezenas de convivas, espera que perto de dez estejam servidos, para começar.

Tomar assento. Durante uma refeição poderão surgir várias oportunidades para os homens demonstrarem atenção e deferência com as senhoras presentes. Uma delas está no momento de tomar assento à mesa, quando devem auxiliar as senhoras a sentar-se, afastando a cadeira para lhes dar espaço e depois ajudando-as a encontrar a posição mais cômoda à borda da mesa. Como o anfitrião prestará essa gentileza à convidada de honra à sua direita, o homem que está no assento seguinte também auxiliará a senhora à sua direita, e o mesmo farão os demais. Algumas observações pertinentes a deferências e apresentações estão em minha página desse título.

Posição à mesa. As cadeiras à mesa do jantar já facilitam a postura certa para a pessoa sentar-se à mesa: elas têm encosto reto, e assento curto. O convidado deve sentar com o tronco na vertical, descansar os pés sobre o piso sem apoiá-los nas travas frontal ou laterais da cadeira, por uma perna sobre a outra, e jamais afastar a cadeira para cruzar as pernas colocando o tornozelo de uma sobre o joelho da outra, ou balançar a cadeira inclinando-a para trás.

Propriedade no uso dos talheres. Ao ver o grande número de talheres colocados na mesa junto ao prato, a pessoa pode recear se confundir. Mas há uma regra geral bem simples. O talher a ser usado é o que está mais afastado do prato. Alguns talheres poderão ser retirados pelo garçom ou substituídos por outro de modelo diferente, e isto dependerá do prato escolhido para a refeição. Porém ele os colocará na mesma ordem. Apesar dessa regra simples, é conveniente a pessoa procurar conhecer os vários tipos de talheres e a quais pratos seu uso se relaciona, a fim de poder proceder com mais desembaraço. Quanto ao seu manejo e posições de descanso, falo disso um pouco na minha página Os talheres, a qual em breve pretendo ampliar e completar.

Conversação. À mesa, converse tanto com seu vizinho da esquerda quanto da direita, e com os convivas à sua frente, e participe preferencialmente do interesse geral pelo que dizem o anfitrião e a anfitriã. Conserve uma atitude atenta sem ser tensa ou ansiosa. Cuidado com os efeitos das bebidas e do café. Veja ainda minha página sobre Conversação.

Os cotovelos. Não colocar os cotovelos sobre a mesa é um preceito bastante conhecido. Cotovelos sobre a mesa enquanto mastiga, principalmente com o garfo e a faca nas mãos, compõem uma péssima postura à mesa. Apenas as mãos e os punhos podem apoiar-se sobre a mesa enquanto a pessoa come. Ao utilizar a faca e o garfo para cortar, mantenha os cotovelos próximo do corpo, para evitar tocar o vizinho de mesa Após os discursos e brindes, se houver, ou se não, a partir da sobremesa, durante o cafezinho e os licores, é tolerável uma postura menos formal e a atitude pode ser um pouco mais à vontade.

Falar enquanto come. É necessário saber falar enquanto se está comendo. Não falar com a boca cheia, e não mastigar com a boca aberta, e não mastigar ruidosamente são preceitos bastante conhecidos. Poucas palavras e frases curtas quando se tem comida na boca, e interromper a refeição quando tiver que ser mais extenso, deve ser a regra. Falar enquanto come pode induzir a pessoa a engolir muito ar, resultando dores no estômago e no peito, além de outros inconvenientes. A pessoa deve manter os talheres na mão: garçons inexperientes costumam retirar o prato de quem descansa os talheres enquanto fala.

Repetir pratos. Nas refeições informais e no caso do bufê, não há restrição para se repetir um prato. Porém, quando estão previstos vários pratos na ordem própria de uma refeição completa servida à francesa, somente se repete um prato se o garçom oferecer uma segunda vez. Caso contrário, não se pede para repetir a sopa ou qualquer dos pratos. Em uma refeição completa um prato completa o precedente, de modo que a fome não será aplacada com o primeiro deles, mas somente ao fim da refeição, incluída a sobremesa.

Servir-se no bufê. O bufê, seja em um restaurante seja em uma recepção, permite à pessoa servir-se na mesma ordem dos pratos de uma refeição completa servida à francesa (Os bufês têm as entradas, sopas, os comestíveis do primeiro prato e do prato principal). Quem não se apercebe disto, enche o prato de comida misturando todos os sabores, quando poderia ir ao bufê as vezes necessárias para comer na ordem própria de uma refeição completa, cuja seqüência é a mais apropriada à digestão, evitando também o exagero de um prato transbordante de comida.

Remoção de resíduos. Está obviamente despreparada para comer em companhia de outras pessoas aquela que mete o dedo na boca para limpar entre os dentes com a unha, limpa o nariz no guardanapo ou a boca no forro da mesa, e comete outras imprudências repulsivas à mesa. Não se pega indiscriminadamente com os dedos nem se cuspe no guardanapo partes não comestíveis do que foi levado à boca. A regra geral é: do mesmo modo que se levou um alimento à boca, é retirada da boca qualquer sobra dele que seja necessário remover. Se uma fruta é comida com as mãos, sem uso de talher, então o caroço dessa fruta, ou qualquer parte indesejável que tenha que ser retirada da boca, será apanhada com os dedos. O que se leva à boca com um garfo (por exemplo, a carne), retira-se (por exemplo, um pedaço de nervo ou de cartilagem) passando da boca ao garfo e deste a um canto do prato; se há o que retirar da boca que foi levado com a colher, retira-se passando para a colher. Em qualquer desses casos busca-se proteger o gesto fazendo-se concha com a outra mão. A espinha de peixe é uma exceção: pode ser apanhada entre os lábios com a mão. O caroço, a cartilagem, casca, etc., retirados da boca são deixados em um canto do prato em que se come, e não no pratinho de pão, nem no "sous-plat".

Acidentes de deglutição. Água, saliva, farinha, bebida alcoólica forte, fragmentos de comida, são as mais freqüentes causas de engasgo. A espinha de peixe é um problema especial. Ela não é causa de engasgo, mas de lesões na deglutição. É preciso assegurar-se de que a porção a ser levada à boca esteja livre de espinhas. Justamente por isso a faca para peixe não é uma faca para cortar, mas para separar. A reentrância do talher de peixe na forma de espátula, serve para separar com cuidado a carne das espinhas ou dos ossos. Uma espinha de peixe pode inclusive ferir a boca e, como dito acima, pode ter que ser retirada com os dedos. Se sentir necessidade, a pessoa deve ir ao banheiro para cuidar mais à vontade do problema; basta pedir licença aos que estão próximos, levantar-se e sair (não é necessário dizer que vai ao banheiro), e retornar tão rápido quanto possível. Ao levantar-se, deve deixar o guardanapo sobre a mesa à direita do prato, e somente sair com o guardanapo protegendo os lábios se isto se fizer irremediavelmente necessário. Se o caso for mais sério, assim como também em casos de engasgo com risco de ficar sufocada, a pessoa não deve hesitar em pedir socorro.

Bebida alcóolica. O copo de coquetel ou drinques aperitivos não são levados para a mesa de refeição. Igualmente não se solicita bebida destilada (whisky, cognac, etc.), nem bebidas alcoólicas doces (licor, vinho do porto, etc.) como acompanhamento dos pratos principais. O acompanhamento em um jantar formal sempre foi principalmente o vinho. Deve-se beber apenas o que é oferecido como acompanhamento a cada estágio da refeição, no momento oportuno. O anfitrião oferecerá bebidas destiladas quando forem exigidas por pratos especiais (sakê, para comida japonesa, cachaça para feijoada e churrascos gordurosos, etc.).

Brindes e discursos. Uma pessoa educada é capaz de proferir palavras de saudação, brinde ou discurso quando solicitada a fazê-lo em um almoço ou jantar, ou quando percebe que é oportuno e esperado que tome tal iniciativa. O brinde por isso é um tópico de Boas-maneiras à mesa, tanto quanto à postura para o gesto de brindar como quanto ao modo de responder ao brinde. Tenho algumas observações a respeito em minha página Brindes e discursos.

Agradecimento. Após participar de um jantar ou festa a que foi convidado(a), sempre envie no dia seguinte uma mensagem de agradecimento ou telefone para comentar e cumprimentar a anfitriã pelo que você puder elogiar do evento.

Sal e pimenta: Não coloque na comida sal, pimenta óleo ou qualquer tempero que estiver na galheta sobre a mesa, antes de prová-la. Após usar a galheta de óleo, sal e pimenta, recoloque frente ao seu lugar, no meio da mesa.

Por favor, obrigado(a). Ter palavras gentis para as pessoas que o servem ou lhe dão alguma ajuda à mesa é uma mostra de consideração indispensável. Deve-se agradecer ao garçom que remove o prato usado ou a cada momento que serve a bebida ou um novo prato. Empregue "por favor", ou "por gentileza" antes do pedido para que alguém lhe passe a cesta de pão, uma travessa de comida, a galheta, etc. e agradeça com atenção, olhando a pessoa.

Salvados. Não peça para levar um pouco do que sobrou de um jantar ou almoço, ou um pratinho de doces, ou pedaço de bolo. Ter olhos para o que possa sobrar de uma festa é mostra de muita necessidade econômica e, embora a comparação possa parecer muito rude, é um papel de esmoler.

Despedida. Em consideração aos anfitriões, despeça-se na hora oportuna, sem prolongar demasiado sua presença. Permanecer muito tempo após o serviço de jantar, chá ou coquetel obriga a anfitriã, certamente já cansada, a pensar em algo mais para oferecer.

Higiene pessoal. Cabelos presos para não caírem pontas sobre o rosto e o prato, unhas limpas ao segurar os talheres para comer, pouco batom para não manchar os copos nem deixar marcas notórias no guardanapo, são cuidados que se deve ter ao participar de uma refeição, ainda que seja informal ou da rotina diária, e inclusive no lar.

Comida caída do prato. A pessoa que deixa cair um pouco de comida do seu prato sobre o forro da mesa, deve recolher a porção caída com o mais apropriado de seus talheres e colocá-la na margem do prato em que come.

Vestimenta. A roupa que a pessoa está usando deve ser a apropriada para o evento de que participa. Nunca se usa boné, chapéu ou camiseta sem mangas à mesa da refeição. Mesmo em um quiosque na praia a pessoa que tem um mínimo de consideração com seus amigos e amigas coloca uma blusa ou camisa leve para uma refeição à mesa. O mesmo vale para a refeição com a família, no recesso do lar.

Ruídos. Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer líquido é reprovável. Se faz involuntariamente qualquer ruído (tosse, regurgitamento, etc.), a pessoa não precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem ser desligados e religados somente após a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve, de preferência, deixá-lo na bolsa ou sobre algum ponto suficientemente próximo da mesa para que escute a chamada, e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atendê-lo.

Rubem Queiroz Cobra



Á entrada. Usualmente o chefe dos garçons, o maitre, recebe o casal e vai à frente para mostrar a mesa que ocupará. Segue-o a mulher, e o homem que a acompanha fecha o cortejo. Quando há mais de um casal, o casal anfitrião é o primeiro a seguir o garçom chefe, pois deverá indicar os lugares para seus convidados. Se uma pessoa solteira é anfitriã, ela se antecipa aos casais do mesmo modo, e com a mesma finalidade. Esperar pela indicação de uma mesa pelo maitre ou por um garçom é obrigatório em muitos restaurantes, principalmente no exterior.

Não sendo recebido à entrada pelo maitre, nos estabelecimentos em que a escolha de lugar é livre, o homem assume a liderança e mostra à mulher as opções de mesas vagas, convidando-a a escolher a que ocuparão, e então ela segue à sua frente até a mesa escolhida.

No entanto, poderá estar previsto um coquetel aperitivo, com a finalidade é de reunir os convidados, ensejar que sejam apresentados pelo anfitrião, ou que conversem um pouco enquanto estimulam o apetite para o jantar. As bebidas têm caráter de aperitivo (martines, uísque, etc.) e são acompanhadas por salgadinhos leves, como castanha de caju, amendoins, fatias de torradas com manteiga, azeitonas, etc. É servido, no bar à entrada do restaurante, ou no terraço, e os convidados alí permanecerão até serem chamados para a mesa do jantar.

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É importante você saber um pouco sobre os profissionais que vão atendê-lo em um restaurante.

Maitre

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No que diz respeito ao restaurante, é como se ele fosse um anfitrião para os clientes. Deve distinguir-se por sua educação, suas boas maneiras e sua cortesia. Ele supervisiona e controla todo o trabalho executado no restaurante, garantindo a qualidade do serviço. Cabe-lhe recepcionar o cliente na entrada do restaurante, observar e indagar do cliente, durante a refeição, se tudo corre a seu gosto, atender a uma reclamação. Despede-se do cliente à saída deste, ao término da refeição.

Sommelier

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É o que apresenta a carta de vinhos e sugere ao cliente, na faixa de preços desejada, qual poderá ser o melhor para acompanhar o prato que foi escolhido. Cabe-lhe dirimir dúvidas e atender as reclamações pertinentes à bebida. Assiste à degustação do vinho pelo anfitrião e serve as taças depois daquele aprovar a qualidade do vinho escolhido. Se o sommelier apresentar-se com a tastevin (Veja na página Escolher e Oferecer vinhos), o anfitrião pode pedir que ele experimente e aprove o vinho, em seu lugar.

Chefe-de-fila

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tem um papel de supervisão com atenção voltada mais para o desempenho da equipe, enquanto o maitre tem a atenção mais voltada para o cliente. Está subordinado ao maitre e pode substituí-lo, exercendo as duas funções simultaneamente;

Garçom

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Acomoda o cliente, inclusive juntando mesas ou providenciando cadeiras, ajudado pelo commis. Anota os pedidos dos clientes (a notinha é chamada "comanda") e serve os pratos escolhidos; é quem apresenta a conta quando solicitado, ao final da refeição. É parte do trabalho do garçom esclarecer o cliente sobre os pratos constantes do menu. O cliente não deve recear pedir informações sobre cada item que lhe interessar, seja um prato, seja um vinho ou coquetel.

Commis (ou "comim")

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É o auxiliar do garçom no serviço aos clientes, principalmente na sua acomodação, na chegada. Limpa as mesas vazias, troca as toalhas, junta mesas para grupos maiores de pessoas, transporta a comida da cozinha até o guéridon (mesinha ou carrinho colocado junto ao cliente para facilitar o serviço). É como auxiliar do commis que o pretendente à carreira de garçom e maitre inicia seu aprendizado.

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Serviços. Há vários tipos de serviço de restaurante. A refeição pode ser servida a la carte ou seguir um menu preestabelecido, como o que é combinado para uma recepção, ou o cardápio semanal de hotel ou pousada que inclua refeições na hospedagem. Na modalidade a la carte, cada cliente examina o menu, escolhe o prato, e o indica ao garçom. Além dessa distinção, os serviços também variam no modo como o alimento chega ao prato do convidado ou cliente. O serviço à mesa, tanto em um restaurante quanto em uma recepção, pode ser à inglesa, à francesa, à russa, ou à americana. Excetuado o americano em que o lado direito é facultado porque o prato já vem feito, nos demais serviços o cliente é servido pelo lado esquerdo do assento, e os pratos são retirados pela direita.

Serviço à inglesa.

Neste serviço o garçom leva uma bandeja com a comida desejada ou de acordo com um menu fixo, igual para todos os convivas à mesa. Ele mantém a travessa na palma da mão esquerda enquanto com a direita, segurando juntos dois talheres que funcionam como uma garra, serve cada um dos comensais. Em um jantar em casa, para poucas pessoas sentadas à inglesa (V. Mesa, lugares), o procedimento tem importante variação chamada Serviço do Anfitrião, em que, antes de serem servidas, as carnes são cortadas ou trinchadas pelo próprio anfitrião. O serviço à inglesa tem a característica, tanto na sua variação mais simples quanto na mais refinada, de que as porções de carne são fixas, a critério do anfitrião, no primeiro caso, ou do garçom, no segundo. É tido como o melhor sistema quando uma refeição é contratada em um restaurante para um grupo com um número grande de pessoas.

Serviço à francesa.

O serviço à francesa, até o final do século XVIII, consistia em uma mesa ampla onde eram colocados todos os pratos, e os convidados sentados de modo que os mais importantes ficassem frente aos melhores pratos. A característica principal do serviço era a prodigalidade e fartura. Os convidados ao entrarem no salão, encontravam a primeira mesa posta (a de entrada, “entrée”), fornida de alimentos leves com os quais se iniciava a refeição. Ao fim dessa primeira etapa, os convidados se levantavam para que os utensílios fossem removidos pelos criados (não havia garçons) e novo estoque de alimentos era trazido da cozinha, sob a supervisão atenta do maître d’hôtel, consistindo de pratos de carnes mais delicadas, acompanhadas de vinhos mais brandos. Após esse segundo turno, a terceira etapa consistia de carnes mais suculentas, o que hoje é chamado prato principal, com vinhos mais fortes. No intervalo em que era reabastecida a mesa, os convidados comiam pequenos quitutes, os entremets (entre pratos). Por último era composta a mesa de doces e bolos, o que é hoje a sobremesa. O atual serviço francês tem sua característica original de sucessão de pratos, porém o modo de servir os convivas é inteiramente outro: um único prato representa cada uma das mesas que eram postas sucessivamente. O garçom leva uma bandeja com a comida, equipada com os talheres de servir cujos cabos estarão voltados para o comensal, que serve a si próprio da quantidade que desejar. O garçom apresenta a bandeja a cada um pela esquerda, seguindo a ordem devida de precedência, e serve o vinho nos seus copos pela direita. A operação é repetida para cada prato da seqüência da refeição completa.

Serviço à russa.

A comida a ser servida ao cliente vem em bandejas pronta da cozinha, ou com alguma parte a ser completada diante do cliente. As travessas são colocadas sobre fogareiros ( réchauds) em uma mesinha (guéridon) junto à mesa a ser servida, à vista das pessoas sentadas. A comida é mantida quente e o garçom, terminados os preparativos, faz o prato de cada pessoa e o coloca diante dela. Carnes, crepes, etc. são flambados a chama alta. Esse modo de servir costuma ser um flamejante espetáculo, estimulante do apetite pelos vapores e o cheiro de temperos que espalha, e pelo seu exotismo. Em sua difusão para o Oeste, pousou primeiro em Paris. Essa a razão porque, esquecida a sua verdadeira origem, muitas vezes é chamado erroneamente serviço à francesa. No entanto, como todos os demais serviços, ele pode ser assimilado em parte de uma sucessão de pratos que é a idéia original do serviço à francesa.

Serviço Americano.

O serviço americano é completamente diferente do inglês, do francês e do russo. A comida é colocada em pratos individuais na cozinha, e estes são levados pelo garçom ao respectivo cliente. Porque o prato já vem pronto, ele é colocado diante do cliente pela direita (o mesmo lado em que as bebidas são servidas e os pratos usados são retirados). Esse é o modo de servir que dá ao Chef a melhor oportunidade de apresentar a sua arte culinária, inclusive dentro de um designe que contribui para a atratividade do prato tanto quanto o seu cheiro e o seu sabor. Por esse motivo, é o sistema mais adequado quando se trata de uma refeição formal, com a sucessão de vários pratos, em que não conta a quantidade de comida, mas a qualidade. Ao fim de cada estágio os talheres usados são removidos junto com o prato, e novos são trazidos para o estágio seguinte. Obviamente, o prato individual servido dessa forma não pode ser confundido com o chamado “prato feito” ou “prato do dia”, que os restaurantes eram obrigados, por uma lei de interesse social, a oferecer como prato accessível aos clientes mais pobres.



Serviço com bufê.

O bufê é um modo bastante prático: no restaurante, a comida preparada previamente evita a longa espera que acontece quando o prato é solicitado a la carte. Muitos restaurantes funcionam com esse sistema, outros combinam o bufê, que tem preço fixo, ao atendimento a la carte. Em uma recepção, é o modo mais prático quando o número de convidados é grande. Permite também oferecer uma variedade de pratos que corresponderão aos estágios de uma refeição completa. O cliente ou convidado pega a louça na pilha em um dos extremos da mesa, ou no lugar que lhe foi destinado nas mesas no salão. Pega também o guardanapo e os talheres, que segura por baixo do prato enquanto se serve. Em uma recepção realizada em um restaurante ou salão, em geral a louça encontra-se nas mesas onde os convidados irão se sentar, juntamente com os talheres e o guardanapo, em lugares marcados. Com seu prato na mão, o convidado se dirige ao bufê, com o cuidado de observar o trajeto a seguir, para não ir de encontro a outras pessoas ou passar à frente indevidamente. O serviço de bufê não dispensa inteiramente os garçons. Alguns estarão junto ao bufê servindo os pratos mais concorridos, outros servirão a bebida ao cliente depois que este toma seu lugar à mesa.

Embora isto seja pouco comum em restaurantes, o bufê pode ser dividido em dois ou mais centros, em pontos diferentes do recinto, por exemplo: um para os rechauds dos pratos da Entrada; um segundo para os rechauds do Prato-principal, e um terceiro para a Sobremesa. O maior incomodo do bufê está em que, para fazer sua própria sucessão de pratos, passando do prato de entrada à sobremesa, o convidado estará obrigado a algumas idas e vindas às mesas do bufê. Ao fazê-lo, deixa os talheres sobre a mesa que ocupa, se houver descanso para talheres. Não havendo, e o mais comum é que não haja, leva-os consigo, uma vez que não deve deixá-los sobre o forro da mesa nem sobre o sousplat.

Sopas.

Sopas já no prato são servidas pela direita do comensal. Porém quando é servida à mesa pelo garçom, a partir de uma terrina, o serviço é pela esquerda.

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Na página Roteiro de um jantar completo está detalhada a seqüência de pratos de uma refeição completa à francesa. O restaurante pode oferecer todos esses pratos, mas é comum seu número limitar-se a dois, os chamados primeiro e segundo prato, precedidos por um serviço de salgadinhos como azeitonas, fatias de pão com patê ou manteiga, etc. A quantidade de comida de cada prato é menor, prevendo-se que o cliente pedirá a seqüência de pelo menos dois pratos. O garçom anota o pedido dos dois pratos como primeiro e segundo, e os apresentará na seqüência, o segundo depois de retirar e repor a louça e os talheres utilizados no primeiro. (O primeiro prato pode ser uma massa, por exemplo, ignoc; o segundo prato, por exemplo, escalopinhos ao molho madeira com arroz à grega). Os pratos são preparados levando-se em conta a qualidade, não a quantidade, e são verdadeiras criações artísticas do Chefe da cozinha, tanto como pratos individuais no serviço à americana, como em bandejas, nos demais serviços.

Somente depois de freqüentar um restaurante um certo número de vezes, o cliente descobrirá o que ele tem de melhor a oferecer e como fazer seu pedido. Em geral, no Brasil os restaurantes oferecem opões, com pratos preparados em quantidade que vale por uma refeição, prevendo-se que o cliente pedirá apenas um prato, e também pratos especialmente compostos para um curso de dois ou mais pratos sucessivos..

É uma boa norma perguntar ao seu anfitrião que prato ele recomendaria. Conforme o que ele recomendar, você ficará sabendo quanto ele pensa despender e poderá escolher o indicado ou qualquer outro na mesma faixa de preço. É grosseiro pedir um prato caro sem que o anfitrião encoraje você a fazê-lo. Se ele não sugerir nada, o convidado procura entre os pratos de preços médios: não salta prontamente para um prato de lagosta, por exemplo, sem que lhe seja recomendado.

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Os talheres estão postos pelo garçom na ordem em que deverão ser usados pelo cliente em uma refeição completa. As facas e colheres, à direita do prato que marca o lugar; e à esquerda, os garfos. A colher a ser usada com a sopa, que constitui ou é parte da entrada, estará na posição mais afastada, à direita. Depois de usada será deixada dentro do prato de sopa vazio que será retirado pelo garçom. O talher seguinte será a faca mais externa, a que antes tinha a colher ao lado. Será usada juntamente com o garfo mais externo no lado esquerdo do prato, para o primeiro prato. Se o primeiro prato for peixe, o garçom trocará esse jogo de talheres pelo que é próprio para peixe. Depois de usados, esses talheres serão deixados sobre o prato, na posição que é indicada na figura que está na página Pratos e Talheres. Com os talheres para o segundo prato, que poderão ser um pouco maiores, o procedimento é o mesmo. Os talheres para a sobremesa são normalmente posicionados na frente do prato, do lado oposto ao da borda da mesa.

Os demais talheres e utensílios são a faca de manteiga sobre o prato de pão, o guardanapo, e o prato de serviço ou sous plat. O pratinho para o pão é colocado à esquerda, acima dos garfos e do guardanapo. Sobre ele é colocada uma faca pequena para manteiga ou outro revestimento que seja servido. É um erro deplorável a pessoa apropriar-se do guardanapo e do pãozinho que estão à sua direita, e que não são os seus, porque os que lhe cabem estão do lado esquerdo.

O prato de serviço, quando corresponde ao tamanho dos pratos maiores é mais conhecido por sous-plat (do francês, significando "debaixo ou sob o prato"; pronuncia-se "suplá"). Funciona como uma bandeja para os pratos da refeição, e é retirado ao final, para dar lugar ao prato de serviço pequeno, próprio para a taça de sobremesa. O talher da sobremesa, depois de usado, é deixado sobre esse pratinho e não dentro da taça.

Se o restaurante é francês, ou em um país culturalmente influenciado ou colonizado pela França, deve-se respeitar o uso do garfo na mão esquerda, com os seus dentes voltados para baixo. Se o restaurante é em um país colonizado ou influenciado culturalmente pela Inglaterra, o uso do garfo é na mão direita e com os dentes para cima; é trocado para a mão esquerda apenas no momento de cortar a carne. No Brasil, pessoas que estão sob a influência do neo-colonialismo francês do final do século XIX e início do século XX usam o garfo na mão esquerda, como os franceses. A maioria dos brasileiros, porém, segue o hábito herdado de Portugal – que por sua vez o assimilou através de seu relacionamento com a Ingleterra –, de usar o garfo na mão direita, excetuado no momento de cortar a carne (Veja mais sobre o assunto na página Pratos e Talheres).

A utilização dos copos segue a mesma regra dos talheres, quanto à ordem em que são usados. O primeiro à direita, que também é o menor, será para o vinho branco que acompanha o primeiro prato (geralmente carnes brancas). O do meio, de tamanho médio, para o vinho tinto que acompanha o prato principal (geralmente carne vermelha), e o terceiro e último, o maior dos três, para água. Mas a ordem em que são cheios pelo garçom é um pouco diferente, porque o primeiro servido é o maior à esquerda, o copo para água , e depois, acompanhando o primeiro prato, é servido o menor, que é o primeiro à direita.

O garçom, - ou o somellier nos restaurantes que tem esse profissional -, apresenta o vinho ao anfitrião voltando-lhe o rótulo da garrafa. Confirmado que é o vinho desejado, a garrafa é aberta e lhe é apresentada a rolha. Ele deve conferir se a rolha tem cheiro diferente do vinho (cheiro de vinagre ou cheiro de mofo, dois fortes indícios de que o vinho está estragado). Após a aprovação quanto a esse aspecto, um pouco do vinho é vertido em sua taça e ele fará discretamente o teste do aroma (se diz buquê para os vinhos tintos) e a prova do paladar (degustação). Se o vinho satisfaz, autoriza o garçom a servi-lo a seus convidados. A propósito desse ritual, o leitor encontrará mais detalhes na página sobre escolha do vinho e na página sobre garrafas, rótulos e rolhas.

Em um restaurante de boa categoria, o cliente é servido pela esquerda, e os pratos são retirados pela direita. Este é um procedimento padrão. As senhoras são servidas antes dos homens, primeiro as convidadas de mais importância, à direita e à esquerda do anfitrião, a anfitriã por último. Os homens são servidos por ordem a partir do convidado de honra o qual estará sentado à direita da anfitriã, o anfitrião por último. Para cada novo prato a ser servido, deve ser colocado um prato limpo diante do cliente.

O jantar formal para várias pessoas em um restaurante deve ser combinado previamente com o gerente da casa. É imperativo ter um contacto prévio com o maitre, ouvir suas sugestões e discuti-las, escolher quais pratos constituirão a seqüência a ser servida, os vinhos para cada etapa, as sobremesas, aperitivos e licores; verificar o melhor posicionamento para a mesa única, se for o caso, e providenciar as flores para sua decoração. É oportunidade também para se combinar a colocação dos cartões indicadores do lugar de cada convidado, assunto da página Lugares à mesa. Esta indicação pode ser uma boa medida, para evitar que o anfitrião precise definir na hora onde cada convidado deverá sentar-se. É medida imprescindível nos jantares altamente formais, para evitar ferir susceptibilidades.

Finalmente combina-se o modo de pagar, para que o acerto seja feito de modo discreto, depois da saída dos convidados. É uma boa idéia oferecer previamente ao gerente uma parte do pagamento à guisa de caução. É provável, no entanto, que ele não aceite, mas o fato de ter sido feita a proposta positivamente já será motivo de maior confiança para ele adiantar providências como o tempero prévio de grandes porções de carne, de legumes, etc., de modo a reduzir o tempo de espera do serviço de mesa.

Gorjeta. O costume no nosso país é uma gorjeta de 10 % da despesa efetuada nos restaurantes e bares. Em geral essa percentagem vem indicada ao final da nota e na maioria das vezes já está incluída no total a ser pago. Porém, 10% parecerá irrisório, se a despesa foi relativamente pequena (um chope e um pratinho de salgados, ou mesmo apenas um cafezinho e uma água mineral) e o cliente foi servido com eficiência e cortesia,. Em tal situação seria justo gratificar com um pouco mais, pelo menos 20%. Em outros países a gorjeta mínima é comumente de 15% ou 20%, e mesmo que não esteja incluída na nota da despesa, seu pagamento é esperado pelo garçom e constitui quase uma desonestidade deixar de pagá-la.

Nas páginas sobre boas maneiras à mesa, deferências e apresentações, conversação, discursos e brindes, lugares à mesa, pratos e talheres, refeição completa, e inclusive vinhos, o leitor encontrará matéria que complementa com detalhes o conteúdo desta página.

Rubem Queiroz Cobra


Quer saber mais entre em :
http://www.cobra.pages.nom.br/autoeduc.html